segunda-feira, 11 de julho de 2011

ERRADICAÇÃO DA VEGETAÇÃO

    
Crime Ambiental

Enquanto os burocratas "debatem" a suposta classificação de área arborizada versus área verde - de preservação permanente - uma imensa quantidade de árvores de grande porte foram sumariamente dizimadas, deixando uma imensa e prejudicial cicatriz no coração do bairro do Acupe.


A OAS, construtora responsável pelo projeto de 06 edifícios na degradada área, se baseou num relatório de uma bióloga da empresa de consultoria Plama - contratada por eles - que aponta a área como "antropizada", diante da presença de bananeiras e mamonas.

Não sabemos se foi por incompetência, descaso ou outros motivos inconfessáveis, a "profissional" esqueceu de dizer que os tais arbustos eram uma absoluta minoria, quase exceção, que apareciam apenas pelas bordas da imensa área arborizada, fato até esperado diante da vizinhança, aí sim, antropizada

Observem em uma das fotos tiradas no ínicio do "crime ambiental", a estrutura da bela mata e o porte das árvores "assassinadas".


As bananeiras e mamonas só eram vistas em alguns trechos do contorno do terreno. Observem no canto inferior esquerdo os muros dos prédios vizinhos. A maior parte do terreno era coberto por uma vigorosa e fechada mata nativa.

Só como referêrncia, notem que o ângulo da foto é quase o mesmo da primeira imagem.

O Superintendente da SUCOM, que defendeu na Audiência Pública (03 de junho) a legalidade da destruição, não explica porque não foi respeitado a lei que prevê a manutenção de 80% da vegetação de grande porte.

Para não haver dúvida sobre o porte das árvores, observem uma ampliação do centro da foto:


Todo questionamento nesse sentido é seguido de silêncio acompanhado por uma "cara de paisagem".

O incrível é que se os "meros mortais" fizerem uma podação preventiva de um simples galho, sem a "devida" justificativa e autorização dos órgãos competentes, é tratado e multado como um "criminoso ambiental".

Confiram essa outra foto, com o restinho da mata original lá do outro lado do muro, perto do Hospital Geral. Ainda bem que está fora do alcance dessa saga devastadora.


Vale ressaltar que no centro da foto jaz uma vigorosa nascente, simplesmente aterrada, outro crime ambiental.

Queremos acreditar que a OAS também foi enganada pela incompetente bióloga, visto o nome e prestígio da Empresa e porque "segue uma filosofia empresarial baseada na ética" (site da Construtora).

Baseados nessa crença, contamos com uma reversão do possível e uma compensação pelo já acontecido.

A Natureza clama por justiça!
   
     

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